Sobre aquele mesmo TEDxAmazônia que eu já comentei aqui, se eu tivesse que escolher uma palestra para que todos vissem, seria a do Alexandre Sequeira.

Ele falou sobre sua presença numa vila no interior do Pará chamada Nazaré do Mocajuba e sobre como, com fotografia, conseguiu que sua presença fosse relevante e emocionante para os moradores do local.

Eu gosto muito do conceito por trás do que ele fez e acho que seu trabalho traz lições, para além da linguagem fotográfica, para quem quer trabalhar numa perspectiva de Brasil com S.

A primeira lição, penso, é sobre os objetivos que nós do comportamento nos propomos ao trabalhar sobre alguns lugares no Brasil. Transformar uma realidade, mudar um padrão de comportamento ou qualquer outro desses objetivos que costumamos traçar poderiam ser substituídos por isso que o Alexandre fez: emocionar as pessoas de forma relevante. Não é um objetivo fácil e talvez não dê pra usar as referências estrangeiras que temos; mas acredito que é mais sincero.

Se uma pessoa, marca, projeto, causa ou instituição quer mesmo fazer parte de um contexto geográfico e cultural, sua meta deveria ser fazer algo para que sua participação seja celebrada.

Celebração essa que, por sua vez, será sincera se você estiver realmente interessado em conhecer e observar uma realidade. Sem juízo de valores, sem padrões pré-estabelecidos e com brilho nos olhos. Foi porque teve tempo e sensibilidade para ver aquele povo que o Alexandre conseguiu pensar em seu projeto.

E se há a intenção de conhecer um local, a próxima lição que o projeto nos mostra é sobre a importância da troca verdadeira: e se nos propusermos a entender qual é a transformação que um povo precisa e quer que aconteça para, a partir de então, ajudá-lo a alcançar seus ideais verdadeiros?

Penso que os resultados serão emocionantes e sinceros. Melhores do que escreveríamos em qualquer documento de estratégia.

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