63929_440336919376871_1504414271_n

487990_440337006043529_1399146577_n
Em agosto do ano passado, acompanhei uma ação na Rua Fidalga, em São Paulo, chamada: Café na Faixa – uma faixa elevada, nivelada com a calçada, convida pedestres a atravessá-la; a recompensa: café grátis do outro lado da rua.

A “designer de ruas”, como se declara a realizadora do projeto, Carolina Ferrés, vem desenvolvendo diversas intervenções, como esta, entre outras, dentro do seu selo Café Urbano. O urbanismo – sua paixão e foco principal de seu trabalho – é costurado por esse elemento importante da alimentação brasileira, o café. Podemos dizer, talvez, que o café esteja para o arroz com feijão, como o arroz com feijão está para o café. Não é? Fiquei, então, curiosa e perguntei a Carolina:

Por que um Café Urbano?

“Café Urbano nasceu da ação CafeNaFaixa. Nas cidades do interior, as pessoas convidam os vizinhos pra tomar café e contar da vida. Colocam as cadeiras na fachada da casa, e ficam vendo o movimento passar enquanto conversam. E assim a informação passa de boca em boca. Nas cidades grandes, como São Paulo, esse hábito se perdeu, assim como se perdeu o hábito de andar a pé. Uma coisa está totalmente ligada à outra. A Cafe Urbano quer trazer de volta o conceito de bairro-pedestre, onde as pessoas vão até a padaria tomar um café a pé, e no caminho vão convidando os vizinhos para ir junto. Para isso a gente precisa que as ruas e calçadas sejam aconchegantes e seguras. Então criamos soluções como a lombo-faixa, a calçada com arte, os parklets. Só que para poder colocá-las em prática, precisamos contar pra todo mundo como elas funcionam. E qual a melhor forma de fazer isso? Sentando na rua, puxando um papo e oferecendo um Cafe na faixa!”

Pesquisa e entrevista: Ana Luiza Gomes