O Brasil com S é apaixonado pelo projeto Moradores – A Humanidade do Patrimônio Histórico, um movimento de ocupação urbana pela valorização da identidade cultural e da memória como patrimônio diverso e individual de cada uma das cidades brasileiras. Tudo começa com uma tenda branca montada em uma praça pública, uma câmera apontada e um convite. Nesse instante, mais do que o ato de se deixar fotografar, o morador é chamado a se reconhecer como patrimônio cultural de sua cidade. Perguntamos ao pessoal da NITRO+ALICATE:

Por que fotografar os moradores de Tiradentes como patrimônio histórico?

“A nossa intenção é fazer com que os próprios moradores se despertem para a sua importância como patrimônio da comunidade onde vivem. Dentro do projeto, criamos um movimento para que o morador seja tema, pois carrega em sua história o objeto a ser valorizado, no caso a identidade cultural e a memória de sua cidade; ele também é parceiro, já que sem a aceitação do desafio de se posicionarem como patrimônio humano, não haveria motivo para um movimento em prol dele próprio e finalmente, o morador é o nosso público-alvo, pois a função social do nosso projeto é provocar nele o orgulho de se enxergar como tal, pois não existe possibilidade de sucesso de um movimento de valorização de um povo sem que ele esteja consciente da sua obrigação de produzir e proteger sua cultura.”

 

O projeto é uma criação do coletivo NITRO + ALICATE, de Belo Horizonte, e surgiu em 2012. Tem como autores os fotógrafos Marcus Desimoni e Bruno Magalhães, o jornalista Gustavo Nolasco e o cineasta Alexandre Baxter.

A exposição fotográfica da etapa Tiradentes do projeto “Moradores – A Humanidade do Patrimônio Histórico” aconteceu entre os dias 15 e 18 de março, durante o II Festival Foto em Pauta Tiradentes. Além de homenagear os moradores da cidade, a exposição trouxe uma inovação ao criar o conceito de “galeria ambulante”, com as obras sendo expostas nas charretes que fazem passeios turísticos pela cidade.

(c) Todos os direitos reservados a Nitro imagens.

Pesquisa e entrevista: Ana Luiza Gomes