Screen Shot 2013-09-29 at 7.38.22 PMSe vocês acompanharam o texto da semana passada aqui no O Brasil com S devem saber que nosso compromisso com o Mapa da Cachaça é falar sobre cultura e história brasileira sob a perspectiva dos produtores de cachaça – produto tipicamente nacional destilado em terras tupiniquins desde 1532.

Em uma semana, pego a estrada novamente com o objetivo de conhecer novos alambiques de cachaça. Essa será a primeira de várias ˜Expedições Mapa da Cachaça˜. Nosso desejo é poder realizar viagens como esta por todo o País.

Em mais de dois anos pesquisando sobre o tema sem dúvida o que mais gosto de fazer é visitar novos alambiques e ajudar na construção de conteúdo para representá-los como verdadeiros patrimônios nacionais. Afinal, se o francês tem o vinho, o escocês o uísque e o russo a vodca, a cachaça é a bebida que representa o Brasil.

Sem falar que nessas aventuras sempre conhecemos cachaças muito boas que infelizmente estão distantes do consumidor. Temos também como compromisso mostrarmos as virtudes sensoriais do mé produzido com carinho e qualidade com a certeza de que pode ser melhor do que muito uísque.

Vamos sair de São Paulo rumo à Paraty, cidade sinônimo de cachaça, que junto com Salinas detém o selo de Indicação Geográfica, ou seja, a produção é controlada e leva um carimbo de qualidade atestando sua procedência. Em Paraty temos um dos portos mais importantes no período Colonial, primeiro para abastecer a Metrópole com os metais preciosos vindos da Estrada Real e posteriormente com o café produzido no Vale do Paraíba. Pela sua importância econômica e posicionamento estratégico, a cidade comportou mais de 150 alambiques de aguardente de cana. Hoje, são alguns poucos em atividade que mantém viva a tradição paratiense de produção de pinga. Entre eles, está o alambique da Maria Izabel:

Depois vamos subir a Estrada Real rumo ao Vale do Café. Por lá. estou curioso para conhecer os antigos cafezais do século XIX que foram tão importantes para o Brasil e que definiram os rumos políticos e econômicos do Sudeste. O café entrou na região pelo Vale do Paraíba Fluminense e depois se espalhou pelo Oeste Paulista e Minas Gerais. Estou curioso para entender a relação da produção de cachaça com a produção de café – atividades que se mantém próximas até os dias atuais.

Vou compartilhar nosso itinerário: São Paulo, Paraty, Bananal, Barra Mansa, Resende, Valença, Rio das Flores, Vassouras, Petrópolis, Rio de Janeiro.

No trajeto, vamos visitar mais de 10 alambiques. Alguns já conhecemos a qualidade da produção e outros serão verdadeiras surpresas. Não queremos também ter um cronograma ou plano de viagem tão engessado – se você conhece uma boa história ou uma boa cachaça na região não deixe de nos avisar pelo contato@mapadacachaca.com.br

Passando por estas cidades, vamos produzir muito conteúdo que vocês poderão acompanhar pelo site do Mapa da Cachaça. A idéia é falarmos sobre a relação da cachaça com a história local, mostrarmos os personagens responsáveis pelas pingas e identificarmos características regionais que definem um terroir para as cachaças do Sul Fluminense. Além de textos no Mapa, vamos sempre ter novidades no Instagram e outras redes sociais (Facebook, twitter, tumblr).

Sigam a gente e acompanhem mais uma aventura pelo país da cachaça!

Pesquisa e entrevista: Ana Luiza Gomes