Em outubro deste ano fomos convidadas pela assessoria de imprensa Na Mídia para o lançamento do museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga, a ser inaugurado em Recife no começo de 2014.

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Luiz Gonzaga é uma figura icônica na cultura brasileira, pois além de inventar um gênero musical novo, o baião, foi quem, com sua música, levou a rica seiva da civilização sertaneja para todo o Brasil. Com 7.500 metros quadrados de área construída e orçamento de R$97 milhões, o Cais do Sertão Luiz Gonzaga surge como um novo marco na paisagem cultural de Recife e de todo o país. Com arquitetura arrojada e uma abordagem interdisciplinar, tem inauguração prevista para 13 de dezembro, em Recife, encerrando as comemorações do centenário do artista.

A partir de conceito fundador produzido pelo antropólogo Antônio Risério, uma equipe de especialistas e realizadores trabalhou intensamente para dar corpo a esse novo espaço de convivência e reflexão. A curadoria e direção de criação ficaram a cargo de Isa Grinspum Ferraz, que também trabalhou na concepção do Museu da Língua Portuguesa. Foi com ela que conversamos e perguntamos:

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Por que fazer um projeto curatorial e a direção de arte de um museu que celebra o sertão nordestino?

Porque é preciso fazer conhecer e celebrar a rica seiva que brota do chão seco da caatinga e de sua gente, com suas dores e seus amores.

Porque Luiz Gonzaga é um inventor genial e múltiplo. Todo o sertão é cantado com engenho e arte em seu repertório vasto e sempre moderno.

Porque Gonzaga reinventou-se inúmeras vezes e, com ousadia e liberdade, mostrou aos brasileiros um outro Brasil.

Porque as nossas cidades precisam de espaços vibrantes de convivência, diversão e conhecimento, polos geradores de novas ideias e vivências, para visitantes de todas os lugares e de todas as idades

No Cais do Sertão Luiz Gonzaga, qualquer pessoa poderá acessar a obra completa de Gonzaga, poderá assistir a filmes, peças e espetáculos, poderá interagir com jogos desafiantes, fazer cursos, criar músicas, ou simplesmente sentar-se à sombra de um juazeiro, brincar em seus espaços amplos, flanar despreocupadamente, lanchar, almoçar, dançar um forró, contemplar o belo mar do Recife.

Foto: Divulgação

Pesquisa e entrevista: Ana Luiza Gomes